Em torno de 32 milhões de pessoas físicas receberam mais 60 dias para realizar a entrega da declaração do Imposto de Renda no Brasil. O tempo, que se encerraria no final de abril, foi ampliado para 30 de junho. A informação foi repassada pelo secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto nesta quarta-feira, 13.
De acordo com o secretário, mesmo que o repasse das declarações atuais esteja um ritmo acima ao do mesmo período no ano passado, a Receita Federal aceitou aumentar o prazo após ser informada de casos de contribuintes isoladas em casa com problemas para ter acesso a documentação de empreendimentos ou de recibos em instituições médicas para solicitar a dedução das despesas.
“O ritmo de entrega continua bom. Até ontem, tínhamos recebido 8,8 milhões de declarações, 400 mil a mais que no mesmo período do ano passado. Isso representa 27% do esperado. Porém decidimos pela prorrogação por demanda de contribuintes confinados em casa, mas que relatam a falta de documentos ou documentos que estão na empresa, no escritório ou na clínica. Eles estão com dificuldade momentânea de obter todos os documentos necessários”, explicou para a Agencia Brasil.
Ampliação do tempo para declaração de Imposto Renda
Com relação a possibilidade de reavaliar o planejamento de restituição para aqueles que já encaminharam a declaração de Imposto Renda, José Barroso Tostes salientou que a tendência é de analisar novamente a norma.
Em 2020, a Receita tinha diminuído, de sete para cinco, a quantidade de lotes para restituição, bem como antecipado o primeiro lote. Sendo assim, a ideia era que o primeiro lote fosse anunciado já no dia 30 de maio não mais em 15 de junho.
O secretário ainda divulgou a desoneração completa, pelos próximos três meses, Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as operações de crédito. A norma tem o intuito de deixar as linhas de crédito com finalidade emergencial já anunciadas pelo Governo Federal mais acessíveis.
Conforme informações da Agencia Brasil, a estimativa é que a União abra mão de cerca de 7 bilhões de reais de arrecadação devido a desoneração do IOF. Além disso, a última ação divulgada pelo secretário foi o adiamento das contribuições tanto de abril quanto de maio referentes a alguns programas.
Confira a lista dos programas contemplados pelo adiamento das contribuições
- O Programa de Integração Social (PIS),
- O Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);
- A contribuição patronal para a Previdência Social, paga pelos empregadores.
Vale salientar que essas parcelas somente deverão ser quitadas entre os meses de agosto e outubro. A medida visa a injeção de 80 bilhões de reais na economia nacional.