Um em cada quatro pequenos empreendedores implementou alguma inovação desde o começo da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). Conforme o estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os empreendedores que criaram medidas novas em seus negócios alcançaram mais sucesso na melhora da sua lucratividade.
Enquanto as pequenas empresas inovadoras contabilizaram redução de 32% do faturamento, as companhias que não mudaram absolutamente nada apresentaram um percentual de perda de quase 40%
Para estimular esse processo de inovação entre as micro e pequenas empresas, o Sebrae está realizar, ao longo do mês de outubro, que corresponde ao Mês de Inovação, diversos eventos online, em setores de inteligência artificial e digitalização dos negócios.
De acordo com a instituição, cerca de 19 mil pessoas já se inscreveram e estão ligadas na programação, que possui 250 horas de material gratuito na web. Os empreendedores com interesse podem se informar melhor sobre a programação na página da Jornada da Inovação, criada pelo Sebrae.
Case de sucesso a partir de treinamentos do Sebrae
Entre os maiores desafios para micro e pequenas empresas nos dias de hoje se encontra justamente na digitalização de serviços e amostra de produtos. Em entrevista a Agencia Brasil, a empresária Idalegugar Fernandes e Silva de Castro, mais conhecida como Guga Fernandes, criou a sua primeira indústria de vitaminas e minerais das regiões norte e nordeste do país em 2013.
Até 2018, a companhia atingia lucratividade bastante modesta por meio dos locais de vendas situados estrategicamente em alguns municípios. Depois de qualificações com o Sebrae, ela desistiu da intenção de comercializar em pontos físicos e automatizou o comercio para sistema online, utilizando as redes sociais.
Além disso, contratou uma equipe de funcionárias para fazer a revenda. “Com nossa transformação, saltamos de um lucro de R$ 15 mil mensais para R$ 200 mil. Isso é incrível, levou tempo e amadurecimento”, comentou.
Ele acrescentou: “Através das jornadas de imersão no meu negócio eu desenvolvi uma visão macro. Mesmo sabendo dos produtos de alta qualidade que tinha, só pensava em vendas locais. Com as redes sociais podemos chegar muito mais longe, podemos vender para o Brasil e para o mundo”, analisa Guga.
Sendo assim, a participação já consolidada nos meios sociais também oportunizou que a empresaria lidasse com a crise decorrente do novo coronavírus com mais estabilidade.