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Empreendimentos tiram propaganda do Facebook devido a discurso de ódio

Muitos empreendimentos começaram um boicote ao Facebook divulgando que vão parar de veicular propaganda no decorrer do mês de julho na plataforma e em outros aplicativos, como o Instagram. O veto ocorreu pela falta de capacidade da rede social de enfrentar a disseminação de fake News, discurso de ódio e violência.

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A ação foi estimulada pela campanha “Pare o ódio por lucro” (Stop Hate for Profit), encabeçada por entidades da sociedade civil vinculada a direitos civis e promoção de discussão pública democrática na rede mundial de computadores, como Antidefamation League, Sleeping Giants, Free Press e Color for Change.

As associações questionam a falta de atividades da empresa para acabar com mensagens de ódio contra os negros, incentivando as atividades “Vidas Negras Importam” (Black Lives Matter), além de outras abordagens como a negação do holocausto.

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Por isso, as principais companhias do mundo entraram no movimento, como Coca-Cola, Puma, Adidas, Boeing, Ford, Honda, Levi´s, Pfizer, Reebok, SAP e Unilever. Segundo os idealizadores da ação, cerca de 750 negócios já confirmaram a adesão.  

Empreendimentos tiram propaganda do Facebook devido a discurso de ódio
Foto: Agencia Brasil

No território nacional, o Sleeping Giants Brasil, alguns negócios já declararam que vão aderir a campanha, como Unilever, Coca-Cola, Northface, Vans Usebrusinhas, o Interceptbr.

Propostas

Além de parar de veicular publicidade na plataforma, a campanha também conta com diversas cobranças ao Facebook e outras redes sociais. A lista abrange a avaliação de produtos com relação aos direitos humanos, efetuar auditorias de associações independentes sobre as diretrizes de combate ao discurso de ódio e ressarcimento de anunciantes cujos conteúdos pagos sejam colocados em postagens e sites depois reconhecidos como complexos.

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Os idealizadores do movimento também exigem que o Facebook tira os grupos e páginas ligados a supremacistas brancos, milícias, conspirações violentas, negação do holocausto, rejeição de efeitos de vacinas e que rejeitam mudanças climáticas.

E, ainda estimulam que as aplicações da empresa cessam as recomendações de material de ódio e notícias falsas, criando formas para que esses conteúdos sejam avaliados por pessoas e não apenas por sistemas automáticos.

Facebook

Em nota à Agência Brasil, o Facebook salientou que a plataforma gasta  “bilhões de dólares todos os anos para manter a comunidade”, embora não tenha detalhado os valores. De acordo com a companhia, o estudo da União Europeia apontou que a rede social avaliou mais material de discurso de ódio em 24h do que Twitter e Youtube.

“Nós abrimos para uma auditoria de direitos civis e banimos 250 organizações supremacistas brancas do Facebook e Instagram. Os investimentos que fizemos em Inteligência Artificial nos possibilitam encontrar quase 90% do discurso de ódio proativamente, agindo sobre eles antes que um usuário nos denuncie”, acrescentou o comunicado.

Em conteúdo postado no blog oficial, o vice-presidente de políticas públicas e comunicação da empresa, Nick Clegg, declarou que o Facebook “não se beneficia do ódio” e que o discurso de ódio é uma expressão da sociedade na plataforma. Esses conteúdos são proibidos pelos parâmetros da comunidade e são retirados quando identificados, mas que procurá-los é como buscar uma agulha no palheiro” em função da grande quantia de publicações todos os dias.

Cristina Possamai
Cristina Possamai
Formada em jornalismo, com uma década de experiência em veículos de comunicação impresso, rádio, TV e com criação de conteúdo para internet sobre empreendedorismo e negócios.
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