Atividade econômicas que demandam e/ou geram aglomerações, como o setor de lazer, são as mais atingidas pela pandemia causada pelo novo coronavÃrus. A informação é de um estudo promovido pela empresa de logÃstica Cobli, que avaliou a movimentação de carros de pequenas e de médias empresas de todo o paÃs.
O levantamento leva em consideração a quantidade de quilômetros rodados pelos carros corporativos entre os dias 23 de março – data de inÃcio das normas de isolamento social na maioria dos estados brasileiros – e 19 de abril. O trajeto percorrido totalizou 13,8 milhões de quilômetros, uma redução de um quarto em comparação a semana anterior.
Um comparativo com outros segmentos, todavia, revela que alguns nichos são muito mais prejudicados que os outros. Os cenários de arte, cultura, esporte e recreação registraram os maiores impactos, com diminuição de 77% na movimentação dos colaboradores.
Na segunda posição, está o setor de alojamento e de alimentação, com uma queda de 40% devido a diminuição de turistas e pessoas em hotéis, pousadas e do fechamento determinado pelas autoridades de restaurantes, bares e lanchonetes.
O nicho administrativo e de serviços complementares surge na terceira colocação, com uma redução de 40%. Essa informação está vinculada a inatividade de escritórios e a oportunidade de realização do trabalho remoto em boa parte das companhias deste mercado. Em quarto lugar, com uma diminuição de 39%, aparece a área de educação.
Digitalização das atividades é alternativa durante a após a crise de coronavÃrus
De acordo com a companhia responsável pelo levantamento, a digitalização das atividades é a saÃda para diversos setores. Isso porque essa modernização tanto dos processos internos quanto da forma de operação também resulta em uma queda considerável nas despesas de funcionamento a médio e longo prazo.
Com relação as instituições dedicadas a trabalhos artÃsticos e culturais, a Cobli calcula que a tecnologia pode se tornar muito útil para aumentar o público dos espetáculos e shows, a medida em que são exibidos para mais pessoas.
Vale salientar que muitas empresas já estão se adéquam a nova rotina e ampliaram o perÃodo de trabalho remoto até o final do ano. Enquanto outros empreendimentos dentro e fora do Brasil já anunciaram que os funcionários terão a possibilidade de optar pelo homeoffice de maneira definitiva.
Dados regionais
O estudo também apresenta os dados por estados brasileiros. Sendo assim, o Tocantins liderou a com queda de 60% na circulação de frotas. Em segundo lugar, Mato Grosso do Sul, com redução de 54%, seguido pela Bahia (-40%) e pelo Ceará e pelo Distrito Federal, empatados com diminuição de 33%.
Quatro estados, em contrapartida, demonstraram aumento na movimentação de veÃculos de empresas durante a pandemia: Rondônia (+2%), Rio Grande do Norte (+5%), Piauà (+15%) e Pará (+18%).
Segundo o estudo, o peso da crise do novo coronavÃrus em cada região do Brasil depende da matriz industrial. Lugares agrÃcolas e exportadores sofreram impacto menor que os estados mais dependentes do serviço.