O WhatsApp, que pertence ao grupo Facebook, divulgou nos últimos dias que irá novamente suspender a aplicação de suas novas medidas de privacidade que, de acordo com os críticos, pode aumentar a coleta de dados dos seus dois bilhões de usuários em todo o planeta.
Com sede na Califórnia, nos Estados Unidos, já tinha postergado em 90 dias, até 15 maio deste ano, a entrada em vigor das novas condições para utilização do aplicativo em função da reclamação de milhões de usuários, angustiados com a possibilidade de o sistema de mensagens compartilhar mais informações sensíveis com o Facebook.
No seu site oficial, o WhatsApp pontuou que não eliminaria diretamente o acesso de pessoas que não concordassem com as novas regras, só que seguiria encaminhando novos avisos. Esses indivíduos também correm o perigo de ficar sem algumas funções com o passar do tempo se não aceitarem as novas exigências.
Os usuários podem seguir recebendo as chamadas de áudio e vídeo por um período, mas sem a capacidade de acessar a sua lista de mensagens. Depois de inúmeras semanas, não poderão mais mensagens ou chamadas.
Novas regras do WhatsApp ainda geram preocupação entre usuários
Segundo informações da plataforma, a atualização de sua política altera a maneira como os anunciantes que utilizam o WhatsApp para se relacionar com a sua clientela podem compartilhar dados com o Facebook.
No entanto, para os críticos, essa alteração apenas permite uma coleta de dados mais vasta com o gigante das mídias sociais. Esse problema relacionado as novas medidas de privacidade do Facebook foi apresentado pelo Facebook como um “mal-entendido” sobre os seus esforços para atrair novas marcas para a sua plataforma.
Essa situação mostra as inquietações da atualidade em relação as políticas de privacidade e proteção dos dados dos usuários da organização. Lembrando que essas novas medidas geraram uma migração em massa de milhares de usuários para outros aplicativos de troca de mensagens e conteúdo nos últimos meses, como o Telegram e o Signal. O Telegram chegou a ganhar 25 milhões de novos usuários em apenas três dias no começo do ano.