O Banco Central (BC) autorizou que o aplicativo de troca de mensagens WhatsApp forneça os serviços de transferências financeiras entre usuários. Todavia, o Banco Central não oportunizou a função de compra, que ainda está sendo avaliada.
A autorização foi dada para a Visa e a Mastercard, parceiros do WhatsApp, e ao Facebook, corporação detentora do aplicativo de mensagens. “O BC acredita que as autorizações concedidas poderão abrir novas perspectivas de redução de custos para os usuários de serviços de pagamentos”, disse a autoridade monetária em nota recentemente.
Também em nota oficial, aplicativo frisou que está realizando os últimos ajustes e aguarda liberar a função quando for possível. “Recebemos com muita satisfação a decisão de hoje do Banco Central sobre a aprovação do nosso pedido de licença como iniciador de pagamentos, e estamos empenhados nos preparativos finais para disponibilizar esta funcionalidade do WhatsApp no Brasil assim que possível. Agora, mais do que nunca, pagamentos digitais seguros e convenientes oferecem uma solução vital para transferir dinheiro rapidamente para pessoas que necessitam e auxiliar empresas em sua recuperação econômica. Compartilharemos mais informações assim que a função de pagamentos estiver disponível no WhatsApp”.
Além disso, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, chegou a antecipar que essa possibilidade será liberada em breve no território nacional e que essa união das plataformas sociais e financeiras necessitava ser compreendida pelos órgãos de regulação nacionais.
“Quando eu olho pra frente, o que eu vejo é um casamento entre mídia social e um mundo de finanças e esse é o casamento que hoje os reguladores precisam entender como enfrentar, como regular e o que isso significa em termos de precificação e competição para a sociedade”, explicou o economista.
WhatsApp pode cobrar uso de empresas
No momento do anúncio inicial, o WhatsApp ponderou que poderia utilizar cartões de débito da Visa e da Mastercard dos bancos Nubank, Sicredi e Banco do Brasil em uma transferência intermediada pela Cielo. Já a partir de agora, o aplicativo reforçava que estava aberto a novas formas de parceria.
Além disso, a função pode ser lançada com mais companhias parcerias. Também no instante de lançamento oficial no Brasil, a corporação divulgou que as operações não seriam cobradas de pessoas físicas, só que os empreendimentos teria de arcar com um valor de 3,99% por transação.