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Setor financeiro projeta inflação de 7,96% para este ano

O setor financeiro projeta, para este ano, uma inflação de 7,96% para Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pelo Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central.

O valor está abaixo das previsões anunciadas recentemente (8,27%) e há quatro semanas (8,89%).

O Boletim Focus é uma publicação semanal que reúne a projeção de aproximadamente de 100 agência do mercado para os principais indicadores econômicos do Brasil.

Para o próximo ano, a expectativa de inflação saltou para 5,01%. É a 13ª alta seguida.

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Foto: Agência Brasil

Nos últimos dias, o mercado projetava uma inflação de 4,91% para o próximo ano: e há um mês este percentual (IPCA) estava em 4,39%.

Já para os anos 2024 e 2025, as projeções inflacionárias se mantiveram estáveis em 3,25% e 3%, respectivamente.

PIB

Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e dos serviços produzidos no país), o Boletim Focus elevou em 0,01 ponto percentual a previsão para este ano, superando o 1,50% projetado há uma semana para 1,51%.

Há um mês, o cálculo estava em 1,2%.

O PIB estimado para 2023 ficou estável em relação com a semana passada: 0,5%. Há quatro semanas, estava em 0,76%.

Para 2024, a estimativa apresentada é de 1,81%. Há uma semana era de 1,8%; e há quatro semanas, 2%. Para 2025, a previsão para o PIB segue estável em 2% há 34 semanas.

Taxa de juros

Já o segmento financeiro seguiu também estável – em 13,75% semelhante ao projeto há sete dias – a estimativa para o índice básicos de juros, a Selic, de 2022. Há quatro semanas, a previsão era de 13,25% para o fechamento do ano.

Enquanto para o ano que vem, a tendência é de uma taxa de 10,5%. Há uma semana, estimava-se que o ano terminaria com uma Selic em 10,25%; e há quatro semanas, 9,75%.

Para 2024 e 2025, as previsões se mantém estáveis, em relação com a semana passada, em 7,75% e 7,5% ao ano, respectivamente.

Dólar

A estimativa para a cotação do dólar ao fim do ano contou com uma sutil redução na comparação com a semana passada, caindo de R$ 5,10 para R$ 5,09; e de alta, na comparação com as expectativas apresentadas há quatro semanas, quando a previsão era de que a moeda norte-americana finalizaria o ano com uma cotação de R$5,05.

Conforme o Focus, o dólar fechará 2023 cotado a R$ 5,10 – o mesmo valor da semana anterior. Há quatro semanas, a expectativa era de que a moeda teria a cotação de R$ 5,05 ao final do próximo ano.

O boletim apresenta, para 2024, uma cotação de R$ 5,07, um pouco inferior ao estimado há uma semana (R$ 5,08); e acima dos R$ 5,04 de quatro semanas anteriores.

Para 2025, a estimativa é de uma cotação de R$ 5,15 para a moeda norte-americana, mesmo valor visto no boletim da semana passada. Há quatro semanas, a cotação projetada estava em R$ 5,10.

Inflação oficial sobe para 0,67% em junho, diz IBGE

O IPCA, que mede a inflação oficial, reportou 0,67% em junho. A valor é superior ao 0,47% de maio e ao 0,53% de junho de 2021.

As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulada no ano chegou a 5,49%. Em 12 meses, o IPCA acumulado alcançou 11,89%, acima dos 11,73% acumulados em maio.

Todos os nove grupos de despesas reportaram inflação no mês passado, destacando os valores de bebidas e alimentação, com elevação de preços de 0,80%.

Entre os artigos, com maior crescimento estão a alimentação de casa (0,95%) e o lanche fora de casa (2,21%).

“Assim como outros serviços que tiveram a demanda reprimida na pandemia, há também uma retomada na busca pela refeição fora de casa. Isso é refletido nos preços”, afirmou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Além disso, o IBGE também mostrou crescimento de valores de produtos consumidores nas casas brasileiras como o leite longa vida (10,72%), o feijão-carioca (9,74%), o frango em pedaços (1,71%) e o pão francês (1,66%).

Também apresentaram altas de preço importantes, os grupos de saúde e cuidados pessoais (1,24%), puxado pelo aumento dos planos de saúde (2,99%), e pelos transportes (0,57%).

Entre os itens que pressionaram os transportes estão o óleo diesel (3,82%), o gás veicular (0,30%) e as passagens aéreas (18,33%).

Vale salientar que os grupos contaram com as seguintes taxas de inflação: vestuário (1,67%), artigos de residência (0,55%), habitação (0,41%), despesas pessoais (0,49%), comunicação (0,16%) e educação (0,09%).

Cristina Possamai
Cristina Possamai
Formada em jornalismo, com uma década de experiência em veículos de comunicação impresso, rádio, TV e com criação de conteúdo para internet sobre empreendedorismo e negócios.
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