Os pequenos negócios movimentam uma renda em torno de R$ 420 bilhões por ano.
A estimativa faz parte do Atlas dos Pequenos Negócios, lançado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
De acordo com o estudo, os negócios de pequeno porte ajudam a colocar 35 bilhões de reais todos os meses na economia nacional.
O levantamento avaliou a relevância na economia de microempresas, pequenas empresas e microempreendedores individuais (MEI).
De acordo com a publicação, os MEI geram R$ 11 bilhões mensalmente, o que corresponde R$ 140 bilhões por ano.
As micro e pequenas empresas geram mensalmente R$ 23 bilhões, movimentando R$ 280 bilhões por ano.
O estudo indicou que, de 15,3 milhões de donos de pequenos negócios em atividade no Brasil, 11,5 milhões dependem de modo exclusivo da atividade empresarial para sobreviver.
Em relação aos MEI, a relação chega a 78%, o que corresponde a aproximadamente 6,7 milhões de pessoas.
Entre os proprietários de micro e pequenas empresas, 71% têm no negócio de pequeno porte a principal fonte de renda, o que chega a 4,7 milhões de pessoas.
Aumento dos pequenos negócios
De 2012 a 2021, a quantidade de trabalhadores por conta própria no Brasil subiu 26%, saltando de 20,5 milhões para 25,9 milhões.
No mesmo perÃodo, o número de formalizações entre os MEI pulou de 2,6 milhões para 11,3 milhões, alta de 323%.
Isso representa um crescimento mais de 12 vezes maior entre os microempreendedores individuais, comparado com os donos de negócios que não se formalizaram.
De acordo com o Sebrae, 28% dos MEI estão fora do mercado formal ao optar pelo regime especial de pagamento de imposto.
Ao todo, 13% contavam com ocupação principal o empreendedorismo informal e 15% atuavam como empregados sem carteira assinada.
A proporção de informais está caindo gradualmente. Cerca de 2,5 milhões de pessoas foram retiradas da informalidade (28% de 8,7 milhões de microempreendedores individuais em atividade), em função do registro do MEI.
Em relação às micro e pequenas empresas, 13% dos empreendedores eram informais antes da abertura do negócio.
Ao todo, 6% desempenhavam a atividade como empreendedores informais e 7% eram empregados sem carteira assinada.
Regiões e estados
O Atlas dos Pequenos Negócios também indicou peculiaridades entre regiões e estados. O Norte conta com uma das maiores proporções de jovens e negros à frente de um negócio.
No Nordeste, o Sergipe é um dos estados com a maior proporção de empreendedores. No Centro-Oeste, o Distrito Federal possui uma das maiores proporções de donos de negócios com ensino superior.
O Sul é a área com a maior proporção de empreendedores que arcam com valores para a Previdência Social.
O Sudeste tem a maior quantidade de pequenos negócios, com três estados – o São Paulo, Minas Gerais e o Rio de Janeiro – concentrando 40% dos donos de empresas de pequeno porte no Brasil.
Referente aos estados, o Rio de Janeiro, o Alagoas, o ParaÃba e o Sergipe apresentam as maiores participações de microempreendedores individuais entre os empreendimentos abertos.
Enquanto o Maranhão, o Amapá, o Paraná e o Piauà possuem a maior proporção de microempresas na abertura de negócios.
Na abertura de empresas de pequeno porte, a liderança está com os estados de Mato Grosso, Pará, Amazonas e Amapá.
O estado do Rio de Janeiro, o Distrito Federal e o Sergipe contam com as maiores proporções de mulheres entre proprietários de negócio, com 38%, 37% e 37% do total, respectivamente.
A proporção de empreendedores que se apresentam como negros (pretos e pardos) chega a 84% do total dos donos de negócios no Amazonas e no Acre. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, a proporção de negros chega a apenas 15%.