A maioria das micro e pequenas empresas já oferecia mercadorias e serviços pela internet, aplicativos ou nas redes sociais, antes do agravamento da pandemia do novo coronavírus, segundo dados do Sebrae.
No entanto, a lista daqueles que ainda não apostaram nesse estilo de negócios, estão os empreendedores com menor escolaridade. Foi o que mostrou a 5ª edição da pesquisa “O Impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios”, realizada pelo Sebrae entre os dias 25 e 30 de junho.
O estudou revelou ainda que empresários do setor, com menor escolaridade, são os que mais quebraram, além de serem os que tem maiores limitações ao público devido a localização dos seus negócios.
Por isso, o levantamento indicou que os empresários com menos instrução são aqueles que acham maiores problemas em modernizar as suas empresas. Segundo o estudo, 20% não entendem como a rede mundial de computadores pode ser útil para o empreendimento e 8% não comercializava e nem projetava vender as suas mercadorias por esse canal.
Todavia, o estudo do Sebrae apontou que as mídias sociais, como Facebook e Instagram, são muito usadas por donos de empresas com todos os graus de formação para empreender. Ainda assim, só um terço dos pequenos empresários com menos instruídos possuem maiores dificuldades com a parte de tecnologia.
Outros dados apontados pelo estudo do Sebrae
Segundo a pesquisa do Sebrae, que falou com quase 6500 empreendedores de todo o Brasil, inúmeros negócios seguem funcionando, mesmo antes da crise.
A quinta edição do estudo citou que 6,6% dos empresários com nível médio incompleto resolveram encerrar definitivamente o negócio e são os que mais (32%) foram obrigados a fechar as portas de maneira provisória.
O estudo indicou ainda que 60% dos empreendedores de taxa superior registaram alterações ou estão funcionando de maneira habitual (9%).
“Em relação ao faturamento durante a pandemia, todos os níveis escolares acusam enorme e semelhante impacto nos lucros, com maior variação negativa dentre os mais instruídos”, explicou o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Por causa disso, de acordo com Melles, empreendedores com todos os tipos de formações mostraram que necessitaram investir na parte virtual e delivery como formar para continuidade aos seus negócios em um período caótico e de restrições sociais. Os empresários menos instruídos, todavia, passaram a promover mais vendas diretas.
Por isso, segundo ele, empresários de todas as escolaridades revelaram que recorreram à modalidade online e delivery como alternativas para manterem seus negócios na crise. Os menos instruídos, no entanto, passaram a fazer mais vendas diretas.