As questões técnicas são o primeiro obstáculo a chegar na mente de uma pessoa quando ela pensa na possibilidade de ter um negócio na internet. Quando falo “pessoa”, claro, estou me referindo a indivíduos menos familiarizados com a rede, a ponto de não estarem habituados a efetuar buscas online na tentativa de resolver seus problemas.
Isso porque as pessoas que sempre usam os mecanismos de busca como auxílio, mesmo que não tenham a menor idéia sobre algum assunto, sabem que para quase tudo que se precisa saber hoje em dia, basta uma rápida “googlada” e a informação lhe saltará aos olhos.
Mas, então, se questões técnicas de qualquer natureza já são de espantar a maioria, imagine então as questões técnicas relativas a dinheiro.
Por mais que os números nos mostrem a todo instante o crescimento das vendas online mundo afora, pode ter certeza que ao seu lado mora alguém que nunca comprou nada na internet e jura de pés juntos que jamais comprará.
O motivo? Bem, essas pessoas alegam, sobretudo, medo de fraudes, de serem roubadas, etc. Para muita gente, efetuar um pagamento digital ainda é um “mistério”, um tabu.
A verdade é que essas pessoas não tem a informação correta. Efetuar pagamentos ou receber dinheiro online hoje em dia, se observados os princípios básicos de segurança, é algo que passa pelo mesmo nível de perigo que há em movimentar dinheiro direto no caixa eletrônico.
Afinal, de um jeito ou de outro, não estão as duas operações sendo feitas num computador? Então não haveria o mesmo grau de risco de uma ou outra maneira? Fora que movimentar dinheiro na internet lhe isenta do risco de ser assaltado no caminho de volta pra casa.
Mas vamos ao que interessa: quais as maneiras de se movimentar dinheiro online e como funcionam.
Como pagar e receber dinheiro na internet
A empresa pioneira no processamento de pagamentos online foi o Paypal, cujo fundador, por ter tido o mérito de enxergar essa demanda online, logo se tornou bilionário.
A idéia inicial desse negócio, o Paypal, era de que as pessoas tinham receio de digitar o número de seus cartões de crédito em sites desconhecidos e, com isso, eles podiam criar uma empresa conhecida, confiável, que pudesse ser usada pelo mais simples dos sites para processar o recebimento de suas vendas.
Não precisa ser um expert pra saber que essa idéia seria algo que viria pra ficar, não é mesmo. Só que a empresa ainda foi mais além e implementou um conceito de intermediação de pagamentos que oferecia ainda mais segurança a donos de sites e clientes.
Esse conceito consistia no seguinte: ao comprar algum produto num determinado site, o Paypal processava o pagamento do cliente, mas deixava o dinheiro sob sua custódia.
A seguir, o dono do site era informado de que o pagamento foi devidamente processado e que ele podia enviar a mercadoria.
Então, ao receber a mercadoria, o cliente informava para o Paypal que ela chegou corretamente – e que o dono do site havia cumprido com sua parte – e o Paypal, por sua vez, liberava o dinheiro para o dono do site, ficando com sua comissão, é claro.
Logo esse modelo de pagamento tornou-se padrão, pois as pessoas sentiam-se mais seguras em comprar assim e passaram a procurar lojas online que oferecessem pagamento via Paypal.
O que acontecia com isso? Os donos de lojas online eram obrigados a usar Paypal em seus sites. Logo o Paypal ultrapassou a casa do bilhão em valor de mercado.
Mas esse crescimento não se deve apenas a isso. A verdade é que o Paypal desenvolveu tecnologias que permitiram a qualquer pessoa colocar um produto a venda na internet em apenas alguns minutos, sem saber nada de programação e ainda por cima podendo receber através das principais bandeiras de cartão de crédito.
Esse, sim foi o grande diferencial desse negócio, pois, muitas vezes, mesmo que tivesse que pagar uma comissão ao Paypal, ainda era mais vantajoso financeiramente ao dono de um ecommerce usar o Paypal do que desenvolver sua própria aplicação de recebimentos online.
Moral da história: o modelo de negócio do Paypal vingou e centenas de empresas, mundo afora, lançaram-se no mercado na tentativa de abocanhar suas fatias do mercado de pagamentos digitais.
E, como sabemos, concorrência sempre é bom para o consumidor, no caso, nós, empreendedores digitais. Então, hoje temos várias dessas empresas, juntamente com o Paypal, claro, atuando aqui no Brasil, como, por exemplo, PagSeguro, Moip, MercadoPago, BCash e outras.
Quais empresas utilizar para receber dinheiro online
O importante é você saber que se utilizar uma dessas empresas para comprar ou vender produtos na internet, seu risco de levar um “calote” é bem minimizado, pra não dizer nulo.
Ao digitar o número de cartão de crédito no sistema de uma dessas empresas, seus dados estão bem protegidos e há uma garantia de idoneidade de uma grande empresa por trás. Tudo isso sem mencionar que para ter uma conta com qualquer dessas empresas, você não tem que gastar nada.
Na maioria delas basta ter uma conta de email, para que possa se cadastrar e começar a efetuar transações. Então, para o empreendedor online iniciante, não há maneira mais prática, segura e barata de receber e efetuar pagamentos na internet.
Vale a pena você se familiarizar com os processos, métodos, tarifas e sistemas de algumas dessas empresas. Eu, particularmente, utilizei apenas elas por um bom tempo e não tenho do que reclamar.
Atualmente utilizo um gateway próprio para recebimento de pagamentos em um de meus negócios, mas isso porque algumas peculiaridades desse negócio, em particular, me impõem isso, mas garanto que o processo todo não é nem de peto tão prático, simples e barato como nessas empresas.
Pra finalizar, deixo abaixo uma lista das intermediadoras de pagamento que você pode utilizar para enviar ou receber dinheiro na internet:
Empresas intermediadoras de pagamentos:
1 – Paypal
2 – PagSeguro
3 – Moip
4 – DinheiroMail
5 – PagamentoDigital
6 – MercadoPago
7 – PagamentoRápido
E você, que maneira utiliza ou pretende utilizar para receber pagamentos em seu empreendimento online?
Muito bom o artigo. Será que faltou coragem para mostrar as vantagens e desvantagens de cada um. Abraços Luiz..