Depois de mais de 15 anos envolvido com a indústria do marketing multinivel, tendo construído um negócio sólido, que já me gerou ganhos na casa dos 7 dígitos e está de pé há quase uma década, venho aqui tentar defender esse mercado, dando minha contribuição ao responder com minhas próprias palavras essa pergunta que perturba tanta gente, sobretudo iniciantes ou pessoas que estão pensando em se lançar nessa indústria, mas ficam confusas ao serem confrontadas com a seguinte frase/acusação de algum parente ou amigo: “cuidado, isso é pirâmide!”.
Uma outra credencial que me faz pensar que eu posso contribuir com o tema é o fato de eu ter sido autor de um blog que por mais de 10 anos esteve em primeiro lugar do Google para a palavra “marketing multinivel”.
Não que o fato de ser autor de blog faça das minhas ideias uma verdade absoluta sobre o tema, mas, especialmente em relação à pergunta proposta no título deste artigo, posso dizer que ter um blog sobre marketing multinivel com bom tráfego por pelo menos dez anos é algo que irá lhe fazer ter que responder essa pergunta centenas, talvez milhares de vezes.
Então, parafraseando um reconhecido líder da indústria que dizia que “se treinar fica bom”, posso dizer que, se não nasci dono da verdade sobre marketing multinivel, treinei até chegar a melhor versão da minha própria resposta sobre uma das mais polêmicas perguntas que envolvem essa atividade.
Mas, antes de responder qual a diferença entre marketing multinivel e pirâmides financeiras, deixe-me explicar o que são e de onde vieram as pirâmides…
O que são pirâmides financeiras
Diferente do que muita gente pensa, as pirâmides não surgiram da atividade comercial, mas sim da atividade financeira. O seu berço não foi o mercado de vendas diretas e, muito menos, foram os profissionais de vendas os seus patronos.
criadas com o intuito de se passarem por marketing multinivel – pelo menos não, inicialmente.
Na verdade, as “pirâmides” são oriundas do mercado financeiro, com um pezinho no mercado de capitais, onde, ao longo da história, vez por outra, pôde-se observar oportunidades de participação como cotista ou acionista de empresas ou ideias mirabolantes, que ofereciam rentabilidade sobre o investimento bem acima dos padrões do mercado.
No entanto, com o tempo descobria-se que essas empresas ou ideias não eram capazes de gerar lucros suficientes para pagar aos investidores os dividendos prometidos e que, portanto, o retorno sobre o capital investido era proveniente exclusivamente dos aportes feitos por novos investidores que, tentados pelas promessas de ganhos vultuosos, chegavam cada vez mais.
A maior pirâmide financeira da história
A maior pirâmide financeira da história vai ainda mais além nas profundezas do mercado financeiro, pois não se trata da compra de uma pequena parte (ação) de uma empresa, mas sim da participação em um fundo de investimento. Não se trata de alguém que disse: “ei, eu tenho uma empresa (ou uma ideia) que me dá bons lucros e se você topar investir nela, eu posso amplia-la e aumentar ainda mais esses lucros e dividi-lo com você”.
Não! Não havia sequer uma ideia, muito menos uma empresa. Tratava-se apenas de um sujeito conhecido do mercado financeiro que se dizia inteligente o suficiente (“piramideiros” se acham mais inteligentes do que todo mundo) para conseguir extrair retornos que nenhum outro mortal podia almejar.
Logo, ele captava dinheiro de investidores sob a premissa de que esses recursos estariam num fundo sob sua administração… Ou seja, não existia um business. O business era a “inteligência” do sujeito.
Muitos vão dizer que tem que ter produtos, outros vão dizer que não pode ter binário, há ainda quem diga que…
