A nova forma de pagamentos instantâneos que começará a funcionar em 16 de novembro no Brasil, o Pix não terá qualquer custo para pessoas físicas, de acordo com diretor da Organização do Sistema Financeiro do Banco Central (BC), João Manoel de Mello. Além disso, ele pontuou que essa gratuidade não será uma imposição da instituição.
“Isso [a gratuidade do Pix para pessoas físicas] não significa de modo algum que haja movimento de tabelamento por parte do Banco Central. Há diversos outros pontos do ecossistema abertos a todos os provedores de serviços de pagamento com capacidade de remuneração”, disse o diretor.
Conforme Mello, o Banco Central vai formalizar uma regra para dar todos os detalhes da maneira correta de utilização do PIX para as pessoas jurídicas.
Só que ele não deu um prazo para o anuncio dessa medida, porém frisou que essa demora na regulamentação está provocando ansiedade em operadores de mercado.
Mello declarou que é relevante levar em consideração que há meios virtuais de pagamento parecidos que atuam sem cobrar taxa de pessoas físicas.
Conforme o diretor do BC, a regulamentação somente concederá condições semelhantes aos vários sistemas de pagamento.
De acordo com a autoridade monetária, o Pix custa R$ 0,01 para cada dez transações, mas o custo será assumido pelas pessoas jurídicas que optarem pela nova operação.
Convênios para o PIX
Em entrevista a Agencia Brasil, Mello admitiu que o Banco Central está perto de oficializar convênios para que estruturas governamentais adotem pagamentos pelo Pix.
Segundo ele, as negociações Tesouro Nacional e com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estão em fase avançada. Além disso, o pagamento de faturas de serviços básicos ajudará a popularizar o novo sistema.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto afirmou que “o Pix representa uma semente de várias iniciativas que pretendem ampliar a democratização digital e acrescentou que a ferramenta revolucionará a intermediação financeira no país”.
Operação
O novo recurso terá funcionamento de 24 horas por dia para diminuir o tempo de liquidação de pagamentos entre empresas e estabelecimentos com conta em bancos e agencias distância. Assim, o Pix deve começar a funcionar até o dia 16 de novembro.
O cadastro das Chaves Pix – combinação com telefone celular, CPF, CNPJ e e-mail necessária para operar a carteira digital – iniciar em 5 de outubro. Essas datas foram anunciadas no fim de julho, conforme a Agencia Brasil.
Outro ponto é que todas as transações acontecerão com QR Code (versão avançada do código de barras lida pela câmera do celular) ou com base na chave cadastrada. A ferramenta oferecerá rapidez em comparação com os sistemas de hoje em dia, como a transferência eletrônica disponível (TED), que leva até duas horas.
Com relação aos empreendimentos, o recurso oferece benefícios em relação ao pagamento por cartão de crédito. Já que o consumidor não vai necessitar ter conta em qualquer banco, como se sucede com os cartões atuais. Sendo assim, o cliente precisará apenas de uma carteira digital do Pix para encaminhar e receber quantias.
