Uma pesquisa realizada pela empresa de carteiras digitais PayPal Brasil e pela consultoria de pesquisas BigData Corp divulgado recentemente apontou que o setor de comércio virtual subiu 40,7% entre 2019 e 2020, chegando a 1,3 milhão de lojas virtuais. Entre 2018 e o ano passado, o salto havia sido de 37,6%.
Para o diretor de Vendas e Desenvolvimento de Negócios do PayPal, Thiago Chueiri, o aumento do e-commerce em 2020 teve um impulso diferencial com as medidas de isolamento social provocadas pela pandemia do novo coronavírus.
“Claro que pega uma parte do reflexo da pandemia que digitalizou bastante consumidores empreendedores também. Os dois lados da cadeia. A quarentena forçou drasticamente essa digitalização”, ressaltou.
Para Chueiri, o distanciamento social exigiu sobretudo que os empreendimentos recorrer a outras formas de chegar ao público.
“Grande parte é de pequenos empreendedores buscando a sobrevivência nesse novo contexto. Dependiam de um ponto físico e tiveram que se adaptar”, acrescentou.
Além disso, o profissional relacionou o aumento significativa da quantidade de negócios virtuais, em comparativo com as empresas físicas, que tem se ampliado a uma média de 10% por ano, ao cenário econômico nacional.
“Uma piora da situação econômica, em geral, leva as pessoas a buscarem mais alternativas para empreender”, enfatizou.
Pequenos negócios
A maioria das plataformas que realizam vendas pela rede mundial de computadores (88%) é, de acordo com o estudo, composta por pequenos negócios com até 10 mil acessos mensais.
Já os empreendimentos de grande porte, com cerca de 500 mil visitas por mês, correspondem a 8% das vendas das lojas online.
Mais da metade (52,6%) não conta com colaboradores, apenas com os sócios atuando na manutenção da empresa e 48% faturam até 250 mil por ano.
Além disso, o valor médio das mercadorias é de até 100 reais em 76% dos e-commerce. Em 10%, essa valor está acima de mil reais.
Apesar do crescimento deste ano ter tido o impulso da pandemia, o diretor do PayPal estima que há alterações no perfil do consumidor que serão agregadas ao cotidiano.
“Você uma vez que experimentou isso, passa a fazer parte do seu cotidiano. E a gente sabe que o home office vai estar muito mais presente no cotidiano do consumidor brasileiro e digital. Estando mais presente em casa, tende a consumir mais pelos meios digitais”, concluiu.